Janeiro Branco é muito mais do que um mês no calendário: é um convite para
refletirmos sobre a saúde mental, tanto no âmbito individual quanto no organizacional.
Em 2025, o tema ganha ainda mais relevância à medida que desafios emocionais como ansiedade, esgotamento mental e insegurança em relação ao futuro se tornam cada vez mais predominantes em um mundo em rápida transformação.
O Movimento e Sua Relevância
Criado em 2014 pelo psicólogo Leonardo Abrahão, o Janeiro Branco é uma iniciativa brasileira que rapidamente se tornou referência global. A proposta é simples, mas poderosa: usar o simbolismo do primeiro mês do ano para inspirar indivíduos e organizações a enxergarem a saúde mental como prioridade. Segundo o Instituto Janeiro Branco, a cor branca representa páginas em branco, prontas para receber novas histórias e mudanças — um conceito que ressoa com os desejos de recomeço que marcam o início do ano.
Saúde Mental no Trabalho: Oportunidade e Responsabilidade
Na América Latina, o Brasil destaca-se como o país com maior prevalência de depressão, segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, lidera globalmente em casos de transtornos de ansiedade, como apontado pela OMS em 2019. Novos dados do Covitel 2023 revelam que 26,8% dos brasileiros já receberam diagnóstico médico de ansiedade, reforçando a gravidade do tema. Diante desse cenário alarmante, a saúde mental no Brasil transcende o âmbito individual, tornando-se uma responsabilidade coletiva, especialmente no ambiente corporativo. As empresas têm a oportunidade — e a responsabilidade — de atuar como agentes transformadores, tratando a saúde mental como um pilar estratégico. Essa abordagem está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 da ONU, que busca assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Ações Práticas para as Organizações
Organizações que desejam criar um ambiente de trabalho mais saudável podem adotar medidas concretas, como:
Capacitação de líderes: Treinar gestores para identificar sinais de sofrimento psíquico e atuar como agentes de transformação.
Programas Antiestigma: Promover campanhas que normalizem o diálogo sobre saúde mental.
Apoio contínuo: Disponibilizar recursos como atendimento psicológico, manejo de crises e programas de bem-estar.
Empresas que investem em programas estruturados de bem-estar não apenas melhoram a qualidade de vida de seus colaboradores, mas também colhem benefícios claros em produtividade, engajamento e retenção de talentos. Por exemplo, entre os participantes dos programas da orienteme:
88,5% relataram melhora na qualidade de vida;
80,7% sentiram-se mais produtivos nas atividades profissionais e pessoais;
73,6% observaram avanços no relacionamento com colegas de trabalho;
80,3% relataram melhorias no relacionamento familiar.
Esses resultados reforçam que priorizar o bem-estar dos colaboradores não é apenas uma iniciativa necessária, mas também uma estratégia essencial para organizações que buscam prosperar em um mercado cada vez mais competitivo.
Para aprofundar-se no tema, convido você a baixar o Relatório e Insights da Saúde do Trabalhador Brasileiro para 2025, que apresenta um panorama completo da saúde do trabalhador brasileiro e as melhores práticas para promover um ambiente corporativo saudável.
Conclusão
Janeiro Branco 2025 nos convida a olhar para a saúde mental com a atenção que ela merece, criando um ano mais equilibrado para pessoas e organizações. Este é o momento de virar a página e escrevermos juntos novas histórias em que o bem-estar seja mais do que uma aspiração, mas uma prática cotidiana.