Medo. Uma sensação que todo ser humano já vivenciou em algum momento. Seja de coisas reais ou de projeções mentais, ninguém pode negar que o medo existe. Mas por quê?
Durante nossas vidas, passamos por situações que demandam atenção e cuidado, pois nos expõem a riscos. Riscos de nos ferirmos, de perdermos algo, de ferirmos os outros. Se não tivéssemos medo, provavelmente morreríamos muito mais cedo, pois o medo está diretamente relacionado com nosso instinto de sobrevivência.
No entanto, existem situações onde ele ocorre sem razão ou com uma intensidade maior do que necessária. É o caso de pessoas que têm fobias. Fobias são medos exacerbados de coisas específicas, que na maioria das vezes não se justificam em tamanha intensidade. Alguns exemplos incluem: andar de avião, dirigir, insetos, locais desconhecidos, adoecimento ou falar em público.
O DSM V (manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais feito pela Associação Americana de Psiquiatria) classifica as fobias em 3 tipos:
1. Específicas – medo de um objeto ou situação em especial;
2. Sociais – medo de ser envergonhado ou avaliado negativamente em público; e
3. Agorafobia – medo de espaços abertos ou lugares de onde seja difícil escapar.
O CID 10 (classificação internacional de doenças) inclui, além dos 3 tipos citados, o transtorno do pânico, que se caracteriza como ataques recorrentes de ansiedade grave, sem uma situação específica associada.
Como identificar a fobia?
Independentemente do nome ou classificação, a fobia paralisa e faz com que muitas situações se tornem difíceis. Ela se apresenta através de sintomas físicos, como um estado de alta vigilância, tremores, suores, taquicardia, respiração curta ou sensação de desmaio. O corpo reage como se estivesse correndo perigo real.
Na Síndrome do Pânico, por exemplo, o medo de morrer, enlouquecer ou adoecer é tão grande que a pessoa passa a não conseguir mais sair de casa, ou mesmo ficar em um cômodo de sua residência sozinha. As reações podem ser incontroláveis, mesmo sabendo racionalmente que é um medo desmedido. Nesses casos, o sofrimento é continuo, pois nunca se sabe quando virá a próxima crise que trará sensações parecidas. O corpo pode sofrer alterações físicas, como a descarga de hormônios, a sensação de desmaio ou perda de consciência, reafirmando, a cada crise, ainda mais o medo sentido como uma ameaça real.
O que fazer?
O medo geralmente ocorre sobre coisas que não controlamos. Algumas atividades e atitudes que podem ajudar são:
– Exercícios de respiração: visto que quando se sente medo a tendência é ter a respiração alterada. Assim, respirar profundamente e expirar pausadamente pode ajudar a diminuir a sensação de mal-estar.
– Se expor gradualmente ao que gera o medo: pode fazer com que se acostume ou enfrente a causa.
– Analisar seus pensamentos: mudar a forma de pensar pode reduzir a intensidade dessas sensações. Para tanto, é preciso se conhecer melhor e entender o motivo de sentir medo. Consultar um terapeuta pode ajudar neste processo.
Buscar ajuda especializada e discutir essas sensações com um profissional é um caminho para quem deseja lidar melhor com o medo. Na OrienteMe, é possível fazer terapia online todos os dias, por meio do smartphone ou computador, de forma anônima, sem ter que marcar horário. Conheça a plataforma e experimente o atendimento por três dias úteis antes de comprar um plano.