Qualidade de vida no trabalho

5 estratégias para prevenção de acidentes em sua empresa

Beatriz Nobrega top influencer de RH 2024

Escrito por Beatriz Nobrega

Multiempreendedora e embaixadora orienteme
É conselheira, CHRO as a service, Mentora de Liderança e Influenciadora de RH reconhecida em 2024 como Top HR Influencer, Líder Legacy. Graduada em Psicologia pela USP, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV-SP e pós-MBA em Conselho pela Saint Paul Escola de Negócios.

A prevenção de acidentes deve ser encarada como uma estratégia contínua, integrada ao dia a dia das equipes e ao cumprimento da legislação trabalhista

A prevenção de acidentes é um dos pilares fundamentais para garantir um ambiente de trabalho seguro e produtivo

No Brasil, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab, 2023), ocorre uma morte relacionada ao trabalho formal a cada 3 horas e 30 minutos, em média.

Entre 2012 e 2024, foram registrados mais de 8,8 milhões de acidentes e cerca de 32 mil mortes envolvendo trabalhadores com carteira assinada.

Números que evidenciam a necessidade de fortalecer políticas internas de segurança e investimento em treinamentos contínuos para, não apenas cumprir exigências legais, e sim, prevenir acidentes enquanto compromisso ético com a vida e com a sustentabilidade das operações corporativas.

O que a NR-1 determina sobre prevenção de acidentes?

A Norma Regulamentadora nº 1, também conhecida por NR-1, é a base das diretrizes de segurança e saúde ocupacional no Brasil.

É ela que estabelece as obrigações tanto dos empregadores quanto dos trabalhadores, exigindo uma gestão preventiva que envolva identificação, análise e controle dos riscos presentes em cada função.

Com a atualização da norma, o foco passou a ser a gestão proativa de riscos. Ou seja, não apenas reagir aos acidentes, mas criar ambientes mais seguros e saudáveis desde o planejamento das atividades.

Entre os acidentes mais comuns no ambiente de trabalho estão:

  • Quedas de altura ou em mesmo nível (escorregões, tropeços, escadas sem corrimão etc.);
  • Cortes e perfurações geralmente causados por ferramentas ou materiais cortantes;
  • Choques elétricos decorrentes de instalações inadequadas ou falta de manutenção;
  • Queimaduras por contato com superfícies quentes, produtos químicos ou eletricidade;
  • Lesões por esforço repetitivo (LER/DORT), ligadas a posturas incorretas e falta de pausas;
  • Acidentes com máquinas e equipamentos, devido à ausência de proteção ou falhas mecânicas;
  • Queda de objetos em áreas de armazenamento ou movimentação de cargas;
  • Exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos sem os devidos EPIs;
  • Colisões e atropelamentos em áreas de circulação de veículos e empilhadeiras.

E para evitar tais casos, a seguir, apresentamos formas para colocar em prática o que a NR-1 estabelece, para que tenha uma cultura sólida na segurança de sua empresa.

prevenção de acidentes

1. Avaliação de riscos como obrigação legal do empregador

Toda a segurança começa na avaliação de riscos, então ela é a base da prevenção de acidentes.

É o que permite identificar perigos potenciais em cada processo e definir medidas de controle antes que ocorram danos. Nesse sentido, a NR-1 determina que essa análise seja contínua e documentada, contemplando tanto os riscos físicos e ergonômicos quanto os químicos e psicossociais.

Além de atender à legislação, o mapeamento de riscos orienta decisões mais assertivas sobre treinamentos, manutenção e investimentos em equipamentos de proteção.

2. Integração do PGR e treinamentos de segurança

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é o principal instrumento da NR-1 para estruturar as ações de segurança do trabalho.

Ele deve ser integrado a todos os setores da empresa, garantindo que cada risco identificado tenha uma ação preventiva correspondente.

Por isso, os treinamentos de segurança são indispensáveis para transformar conhecimento técnico em ações práticas em prol do comportamento seguro.

Quando integrados ao PGR, eles asseguram que cada colaborador entenda seus riscos e saiba agir corretamente em situações de emergência. Sendo a integração que cria um ciclo de aprendizado contínuo, reforçando o comprometimento de todos com a segurança.

3. Sinalização e manutenção preventiva

Ambientes bem sinalizados e equipamentos devidamente guardados e mantidos são parte básica para evitar falhas operacionais e acidentes.

Algo que a NR-26 (complementar à NR-1), estabelece diretrizes para o uso de cores, placas e pictogramas que alertam sobre riscos e orientam condutas seguras.

Por sua vez, a manutenção preventiva garante o bom funcionamento de máquinas, ferramentas e sistemas de ventilação e iluminação.

Pois além de evitar interrupções nas atividades, ela reduz o risco de acidentes por desgaste ou falha técnica.

4. Treinamentos práticos, simulados de emergência e primeiros socorros

Mais do que capacitações teóricas, os treinamentos práticos e simulados já citados permitem que os colaboradores saibam exatamente como agir em situações críticas, como em:

  • Incêndios
  • Vazamentos
    Quedas
  • Evacuações, entre outros

Além disso, é fundamental incluir o uso e a manutenção do kit de primeiros socorros, garantindo que todos saibam onde ele está localizado, como utilizá-lo corretamente e quando acionar o suporte médico especializado.

Esses treinamentos devem ser realizados periodicamente, sem longos intervalos, seguindo o cronograma definido pelo PGR e sendo conduzidos por profissionais qualificados.

Mais do que uma exigência normativa, essa prática aumenta a confiança e a agilidade da equipe na resposta a emergências, reduzindo impactos e salvando vidas.

5. Cultura de segurança e comunicação aberta

Nenhuma política de prevenção de acidentes é eficaz sem uma cultura organizacional sólida e participativa.

Isso quer dizer que o diálogo sobre segurança deve ser incentivado, estimular a observação de comportamentos de risco e dar atenção para as sugestões dos colaboradores.

Pense que, ao promover a prevenção de acidentes estará investindo na vida, na produtividade e na reputação da sua empresa.Portanto, vale reforçar que se adequar à nova NR-1 não é apenas uma exigência legal, mas uma oportunidade de aprimorar processos, fortalecer a cultura de segurança e evitar tragédias.

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