Dentre as diversas abordagens existentes no trabalho psicoterapêutico, temos a abordagem Junguiana, também conhecida como Psicologia Analítica, que engloba todo o arcabouço teórico criado por Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço que iniciou seus estudos em Zurique. Por meio dos seus estudos, observações e experiências ele compreende a dinâmica do inconsciente e de que forma esta dinâmica rege a psique. Um trabalho denso e essencial para a compreensão da mente humana.
A teoria junguiana é muito vasta, e aqui vamos delinear os principais conceitos, como:
- Inconsciente Coletivo, significando um sistema herdado por cada geração, dinâmico e ativo;
- Inconsciente Pessoal, no qual o inconsciente não apenas recebe conteúdos elaborados em tempos distantes, mas também produz seus próprios temas, rearranja os que herdou e trabalha em conjunto com o consciente;
- Complexos, elementos que, desconectados da consciência, refugiam-se no inconsciente, mas continuam a exercer influência sobre o comportamento humano, tanto negativa quanto positiva, ao incentivar o exercício do potencial criativo do indivíduo;
- Personas que são os papéis sociais desempenhados por cada um de nós, as famosas máscaras que todos desenvolvem no processo de interação social;
- Arquétipos, imagens primitivas, estreitamente relacionadas à criação da nossa espécie, são embriões das características humanas, latentes em cada ser;
- O processo de Individuação, pelo qual a pessoa evolui de um estado de identificação profunda com o ambiente à sua volta, para outro de sintonia com o Si-mesmo, o centro de sua personalidade individual;
- “Eu” ou ego, que é o centro da Consciência, simboliza os impulsos inferiores da personalidade;
- Sombra, a parte mais escondida do ser humano, legada, segundo Jung, das formas mais primitivas de vida;
- Sigízia, ou arquétipo da alteridade, diz respeito à oposição entre masculino e feminino na mente, o ‘animus’ corresponde à face masculina da mulher, enquanto a ‘anima’ refere-se ao lado feminino do homem;
- Tipos Psicológicos, ou seja, os tipos de Personalidade.
Durante o atendimento, o psciólogo conversa de forma livre com seu paciente e, quando necessário, ele conduz e orienta o discurso para entender melhor as questões trazidas sem perder o foco. Também utiliza de outras ferramentas como a interpretação dos sonhos, desenhos, pinturas, expressões artísticas em geral, além da fala para que auxiliem no processo psicoterapêutico. O objetivo é que o paciente alcance o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com seus problemas. Não é apenas um meio para resolver problemas, mas também um meio para desenvolver a personalidade, através do processo de Individuação.
Fontes: Casa Jatobá e InfoEscola.
Texto escrito por: Cintia M. D.