Qualidade de vida no trabalho

7 formas do RH prevenir afastamentos por LER/DORT

Beatriz Nobrega top influencer de RH 2024

Escrito por Beatriz Nobrega

Multiempreendedora e embaixadora orienteme
É conselheira, CHRO as a service, Mentora de Liderança e Influenciadora de RH reconhecida em 2024 como Top HR Influencer, Líder Legacy. Graduada em Psicologia pela USP, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV-SP e pós-MBA em Conselho pela Saint Paul Escola de Negócios.

A prevenção de LER/DORT nas empresas começa com atitudes simples e eficazes lideradas pelo setor de RH. Saiba mais!

A prevenção de LER/DORT tem se tornado essencial para garantir ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. Essas lesões — conhecidas como Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho — estão entre as doenças ocupacionais mais registradas no país.

De acordo com dados da Fundacentro e do Ministério da Previdência Social, mais de 630 mil benefícios por LER/DORT foram concedidos entre 2011 e 2021.

Com a atualização da NR-1, ganhou ainda mais destaque a importância de promover saúde e segurança ocupacional, tornando obrigatória a avaliação contínua dos riscos no ambiente de trabalho.

E já que o RH tem papel fundamental na criação de políticas preventivas e na integração de programas que garantam o bem-estar físico e mental dos colaboradores, separamos algumas instruções a respeito do tema.

Compreendendo os principais fatores de risco para LER/DORT

Caso não saiba, as LER/DORT são resultados de sobrecargas cumulativas nos músculos, tendões e articulações, geralmente causadas por condições inadequadas de trabalho.

Ou seja, movimentos repetitivos, mobiliário mal ajustado e posturas incorretas estão entre os principais fatores que, ao longo do tempo, provocam dor, limitação de movimentos e até incapacitação parcial.

Algo que a nova NR1 traz um olhar moderno com base na gestão de riscos, priorizando medidas preventivas integradas entre setores.

E cabe ao RH, em parceria com o SESMT e a liderança, atuar na identificação de situações que implicam o surgimento dessas lesões e propor uma cultura organizacional voltada à ergonomia, ao equilíbrio da carga física e mental e à conscientização dos times.

  1. Movimentos repetitivos e posturas inadequadas

Como mencionado, a repetição constante de tarefas, especialmente em funções administrativas e industriais, é uma das principais causas de LER/DORT.

Para isso, um RH estratégico pode atuar revisando a organização do trabalho, propondo pausas programadas e garantindo o uso correto de equipamentos ajustáveis, como cadeiras e suportes ergonômicos.

Orientações sobre alongamentos e boas práticas posturais que devem fazer parte da rotina diária.

  1. Excesso de carga física ou mental no trabalho diário

Claro que o estresse físico é tão prejudicial quanto o mental. Ambientes com alta demanda e pouco controle sobre o ritmo de produção aumentam o risco de fadiga muscular e tensão.

A gestão equilibrada de metas, aliada ao incentivo de pausas e intervalos regulares, reduz a sobrecarga e ajuda a prevenir crises de dor e inflamações recorrentes.

  1. Avaliação ergonômica dos postos de trabalho

A análise permite identificar posturas incorretas, equipamentos mal posicionados e atividades de risco.

Com base nos resultados, o RH pode implementar ajustes simples — como reposicionamento de telas, iluminação adequada e suportes para punhos e pés — que fazem grande diferença na prevenção de LER/DORT.

  1. Ginástica laboral como rotina preventiva

Talvez ainda não tenha noção do benefício, mas a ginástica laboral é uma estratégia prática e eficaz para melhorar a mobilidade e evitar tensões acumuladas.

Isso porque sessões curtas, realizadas no início ou durante o expediente, estimulam a circulação sanguínea, reduzem o estresse e aumentam o foco.

Para realizá-las, o RH pode firmar parcerias com profissionais de fisioterapia ou educação física para desenvolver essas atividades adaptadas a cada setor da empresa.

  1. Incentivo a pausas regulares e rodízio de tarefas

Atividades repetitivas e de longa duração exigem pausas curtas para recuperação muscular. O rodízio de tarefas também é uma excelente alternativa para distribuir melhor o esforço físico entre os colaboradores.

Basta diversificar as funções e promover pequenos intervalos que, além de diminuir o risco de LER/DORT, melhora a produtividade.

  1. Treinamentos contínuos e comunicação interna eficiente

Claro que todo tipo de prevenção, antes, depende de informação. O que requer treinamentos periódicos sobre ergonomia, cuidados com a postura e uso correto de equipamentos para reforçar a conscientização dos funcionários.

Além disso, sua empresa pode realizar campanhas internas com cartazes, vídeos e e-mails, para manter o tema em evidência e lembrar a equipe da importância de adotar comportamentos saudáveis.

  1. Integração com o SESMT para ações conjuntas

A atuação integrada entre o RH e o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) é fundamental!

Pois o trabalho conjunto permite criar programas de saúde ocupacional personalizados, com acompanhamento médico, fisioterapêutico e psicológico.

Até porque essa integração coleta e analisa indicadores de absenteísmo e ergonomia, permitindo traçar planos de ação mais precisos e eficazes.

Portanto, a prevenção de LER/DORT deve ser encarada como um esforço estratégico e não apenas como cumprimento legal.Algo que, com o apoio da nova NR-1, as empresas têm agora um marco regulatório que estimula a criação de políticas preventivas mais completas, conectando segurança, saúde e desempenho.

LER/DORT

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