O cuidado com a saúde mental no home office deve ser prioridade para empresas que desejam manter o bem-estar, a produtividade e o engajamento de seus colaboradores
A saúde mental no home office tem se tornado um dos temas mais debatidos entre empresas e profissionais de RH.
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) ajuda a explicar essa questão. De acordo com pesquisa da FGV EAESP, 56% dos profissionais afirmaram ter muita ou moderada dificuldade em equilibrar as atividades profissionais e pessoais durante o trabalho remoto.
Outros levantamentos da instituição também apontam que o home office pode estar associado a aumentos nos níveis de estresse e sobrecarga emocional entre os trabalhadores.
Um modelo que, embora traga ganhos de flexibilidade, também exige novas estratégias de cuidado e equilíbrio emocional.
E com o avanço das políticas de saúde ocupacional e as mudanças trazidas pela nova NR-1, o olhar das organizações precisa se voltar não apenas à produtividade, mas ao bem-estar integral de quem trabalha remotamente.
Por que o home office pode afetar a saúde mental?
É claro que o home office trouxe uma liberdade e autonomia que até então não se conhecia em boa parte do mercado de trabalho, mas também revelou vulnerabilidades emocionais que antes eram menos perceptíveis.
Isso porque trabalhar no mesmo espaço onde se vive e descansa pode gerar sobreposição de papéis, perda dos limites e aumento da carga mental.
A falta de interações pessoais junto à pressão por resultados imediatos aumentam os sentimentos de solidão, ansiedade e esgotamento emocional.
Entre os principais fatores que afetam a saúde mental no home office, podemos destacar:
- Falta de contato humano e sensação de isolamento;
- Excesso de tempo conectado e sobrecarga de informações;
- Dificuldade de se desconectar fora do horário de trabalho;
- Menor percepção de reconhecimento e pertencimento;
- Condições ergonômicas inadequadas e rotinas desorganizadas.

Isolamento social e falta de limites entre vida pessoal e trabalho
Para tratar com mais detalhes alguns desses pontos, é possível que o isolamento seja um dos maiores desafios do trabalho remoto.
Pois a ausência de interações presenciais reduz a sensação de pertencimento ao grupo e impacta diretamente a motivação e o engajamento.
Além disso, a fronteira entre “hora de trabalhar” e “hora de viver” fica tênue, tornando comum jornadas mais longas e cansaço emocional. Ou a sensação de que, mesmo fazendo um afazer doméstico ou se entretendo, haja um estranhamento.
Sobrecarga emocional e ansiedade digital
Notificações constantes, reuniões recorrentes em sequência e pressão por disponibilidade imediata são alguns fatores que levam muitos profissionais a viver o que se chama “fadiga digital”.
Um estado de estresse crônico que afeta a concentração, o sono e até a autoestima da pessoa.
O que exige a implementação de boas práticas digitais — como pausas regulares, controle de tempo de tela e comunicação mais humanizada — para equilibrar o uso da tecnologia e proteger a saúde emocional.
Estratégias para apoiar a saúde mental no home office
A promoção da saúde mental no home office deve ser estruturada com base em três pilares: escuta, flexibilidade e educação emocional.
Para isso, o RH e as lideranças precisam acompanhar continuamente, criando rotinas saudáveis e fortalecendo a cultura de autocuidado.
O apoio deve ir além de ações pontuais. Incluindo campanhas internas, programas de acompanhamento psicológico e treinamentos sobre equilíbrio emocional como medidas que fortalecem o vínculo entre empresa e colaborador.
Escuta ativa e apoio psicológico
Canais anônimos de apoio, rodas de conversa e sessões de acompanhamento psicológico contribuem para identificar sinais precoces de sofrimento emocional. Para isso, conte com plataformas que ofereçam suporte especializado e sigiloso para os colaboradores.
Flexibilidade de horários e pausas programadas
Permita que os profissionais tenham autonomia para organizar sua rotina e fazer pausas durante o expediente para ajudar a reduzir a sobrecarga mental.
Essas pequenas pausas para descanso, alongamento ou desconexão digital têm impacto direto na produtividade e no equilíbrio emocional.
Treinamentos sobre saúde emocional e autocuidado
Capacite equipes e líderes para lidar com questões emocionais através de treinamentos sobre empatia, comunicação não violenta e gestão de estresse.
Pois as empresas que promovem educação emocional contribuem não apenas para o bem-estar individual, mas para o fortalecimento de toda a cultura organizacional.
Não dá para considerar uma tendência a promoção de saúde mental no home office, é uma necessidade real que se conecta diretamente à nova NR-1, e que exige o cuidado integral com os trabalhadores.
Por isso, se informe sobre as soluções que a orienteme oferece nesse sentido e modernize sua empresa com o que há de melhor para os colaboradores.
