A claustrofobia é uma fobia específica, que envolve o medo de estar em lugares fechados, chamados estímulos fóbicos. O medo é uma das emoções mais básicas e mais primitivas apresentadas pelos seres humanos, que faz parte do repertório comportamental ao longo da evolução da espécie, para criar um estado de alerta, com o objetivo de se defender dos perigos.
Quando ele é exagerado ou quando ocorre em situações em que a maioria das pessoas não emitiria esse tipo de comportamento, passa a ser considerado como fobia e classificado como um distúrbio de comportamento. Segundo o DSM V, da American Psychiatric Association, as fobias fazem parte dos transtornos de ansiedade, definidos como medo e ansiedade excessivos perante uma situação aparentemente normal, o que desencadeia reações de comportamento.
A partir daí, as pessoas, com a finalidade de não sentirem tais desconfortos, começam a se esquivar de determinadas situações. A esquiva é uma das maneiras de se observar a fobia. Por exemplo, uma pessoa que sofre de claustrofobia costuma evitar entrar em ambientes fechados. Agora, imagine ter sempre de evitar estar em lugares assim e como isso pode afetar a vida pessoal e profissional de quem sofre com o problema. Coisas rotineiras como ir ao cinema, entrar em um elevador ou em uma loja, ou importantes, como ter de fazer ressonância magnética, podem causar uma sensação de ansiedade extrema, gerando uma crise.
Sintomas e causas da Claustrofobia
A claustrofobia pode causar a sensação de que o corpo sente que está em perigo físico ou psicológico quando se encontra em um lugar fechado. Com isso, ele desencadeia uma série de mecanismos de defesa imediatos como respiração acelerada, suores frios, tremores, entre outros, podendo até ter uma crise de pânico.
A causa da claustrofobia ainda não é conhecida. Uma das explicações possíveis para o problema é que pode ser fruto da interação de experiências de vida, como, por exemplo, traumas, caraterísticas de personalidade, biologia, etc.
Se, por vezes, o início da fobia pode ser explicado por um evento traumático, também há pessoas que não conseguem encontrar a origem deste transtorno bastante comum, que incide mais em mulheres do que em homens.
Outro aspecto importante é que, ao fugir de situações que causam os sintomas da claustrofobia, pode-se ter a falsa sensação que está “curado” do problema. Assim, adotar mecanismos para esquivar-se de tais situações torna-se rotina e a médio e longo prazos pode impactar negativamente no dia a dia dessa pessoa.
Como tratar a claustrofobia?
A intervenção terapêutica nos casos de claustrofobia pode incluir, dentre outras estratégias, a exposição gradual aos estímulos que são temidos, com prevenção das respostas de fuga e de esquiva.
Essa intervenção, geralmente, é feita com ajuda de terapia convencional e por meio da técnica de dessensibilização sistemática. Ou seja, é preciso treinar o relaxamento físico durante cenários que possam ativar essa fobia e, assim, estabelecer um nível de hierarquia entre as situações que mais causam a ansiedade no indivíduo.
Com o apoio de profissionais, progressivamente, os estímulos que causam a claustrofobia tendem a diminuir. Assim, se antes o indivíduo evitava ou fugia de certas situações, com o tratamento, ele vai se sentindo mais apto a enfrentá-las, tornando-se mais produtivo e feliz.
Se você se identificou com os sintomas apresentados no texto ou conhece alguém que possa estar passando por essa situação, procure ajuda profissional. Nossos psicólogos estão prontos para te ouvir.