Se você se sente inseguro de forma recorrente, você pode estar sofrendo da síndrome do impostor. Seja em relação a algum acontecimento pessoal ou a fatos ligados ao trabalho, todas as pessoas já se sentiram inseguras em algum momento da vida. Mas quando ela surge a ponto de inibir todas as conquistas e fazer com que a pessoa sinta muito medo do fracasso, deixando, inclusive de aceitar um feedback positivo, é importante investigar.
A pessoa que sofre com a síndrome do impostor se sente inferior aos outros e acredita que todas as suas conquistas ocorreram ao acaso. O indivíduo não se acha à altura do que está acontecendo em sua vida, trazendo diversas consequências, inclusive profissionais, pois, por não se sentir capaz, ele acaba trabalhando mais para compensar a sua “incapacidade”, ou seja, ele passa a ter mais dificuldade também para se desligar do trabalho, podendo até desenvolver doenças como depressão e burnout.
Síndrome do impostor em mulheres
Apesar de acometer ambos os sexos, a síndrome do impostor costuma afetar mais as mulheres. Um estudo feito pela Universidade Dominicana da Califórnia mostrou que 70% dos profissionais bem-sucedidos que apresentaram sintomas relacionados a essa questão eram do sexo feminino.
Isso ocorre pois elas ainda sofrem com a pressão do dia a dia, junto ao acúmulo de funções, como gestora do lar e profissionais e, por isso, acabam se sentindo sobrecarregadas, com a sensação de que não conseguirão fazer tudo o que precisam.
O impacto da síndrome do impostor na carreira profissional
Além de trazer consequências para a vida pessoal, a síndrome do impostor também pode refletir negativamente na carreira, afetando a produtividade, a administração do tempo e a liderança. Quem sofre com essa questão de saúde emocional pode ter o seu rendimento afetado por alguns fatores como:
- Dizer sim para tudo: apesar do medo de não fazer uma entrega perfeita, o profissional que sofre com a síndrome do impostor busca estar sempre disponível para não demonstrar a sua insegurança. Essa disponibilidade acaba agravando a questão, pois o profissional acaba fazendo uma má gestão do seu tempo e, com isso, se sente ainda mais inseguro por fazer uma entrega que não será como ele imaginava que seria.
- Queda de produtividade: normalmente, o “impostor” também é um procrastinador, pois, ao mesmo tempo em que quer dar conta de todas as tarefas, ele não se sente apto para fazê-las. Por isso, precisa de um esforço muito maior para cumprir suas demandas.
- Esgotamento mental: quando o indivíduo sofre com síndrome do impostor por muito tempo, ele pode desenvolver um esgotamento mental, pois toda a energia dela será direcionada para mostrar sua efetividade no trabalho. Por isso, as empresas têm investido cada vez mais em ferramentas de proteção à saúde mental dos seus colaboradores.
Como evitar a síndrome do impostor na empresa?
Os impactos da síndrome do impostor afetam diretamente o colaborador, mas também podem trazer consequências negativas para a empresa, por isso, é muito importante saber identificar quando algo não vai bem com um funcionário e oferecer o apoio necessário para que ele possa encontrar equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Incentivar feedbacks constantes é uma maneira de direcionar o aprimoramento do colaborador e também de celebrar conquistas. Aqui também cabe uma conversa sobre erros e acertos, para mostrar que quando algum projeto não dá certo, o aprendizado é o mais importante.
Oferecer ajuda profissional também tem se mostrado uma forma efetiva de diminuir os casos de esgotamento mental causados pela síndrome do impostor. O psicólogo corporativo pode auxiliar na busca por autoconhecimento e no desenvolvimento da inteligência emocional do colaborador. A terapia ainda é uma ferramenta poderosa para ensinar o colaborador a fazer a gestão do seu tempo, com o objetivo de alcançar o equilíbrio entre o trabalho e a saúde mental.