Qualidade de vida no trabalho

Flexibilidade cognitiva: descubra se a sua equipe tem e 6 dicas de como desenvolver 

Daniela Haidar Chohfi -

E se nós te disséssemos que, muito provavelmente, você já utilizou sua flexibilidade cognitiva diversas vezes hoje?

Isso porque, essa habilidade diz respeito a como tomamos decisões e lidamos com desafios no dia a dia. Portanto, desenvolvê-la ou mantê-la afiada é de grande importância para o desempenho profissional.

Essa capacidade é responsável por influenciar como uma pessoa enxerga soluções (ou não) para os mais variados tipos de problemas. Sua limitação pode afetar diretamente as atividades do dia a dia, principalmente aquelas que exigem maior assertividade e pensamento rápido.

Neste artigo, você encontrará um guia completo sobre a flexibilidade cognitiva. Você entenderá:

  • O que é
  • Qual a importância
  • Como identificá-las na equipe
  • Diferenças entre flexibilidade cognitiva, criatividade e rigidez cognitiva
  • 6 dicas para aplicar na empresa
  • E mais!

Boa leitura!

O que é flexibilidade cognitiva?

A flexibilidade cognitiva é a capacidade de pensar em soluções criativas e que saiam do “cotidiano”. É uma soft skill, ou seja, uma habilidade comportamental, relacionada à habilidade de expandir suas ideias e sugerir novos processos, focando nos melhores resultados.

Apesar de se destacar no ambiente de trabalho, a flexibilidade cognitiva é importante em diversos momentos da vida. 

Nesse sentido, o campo da neurociência relata que essa habilidade começa a despertar, inclusive, na primeira infância, e aumenta ao ser estimulada ao longo do desenvolvimento.

Lembra que explicamos que era muito possível você ter utilizado essa habilidade recentemente? Isso porque, ela é importante em diversos tipos de situações, sejam elas mais ou menos complexas. Pense:

Vamos supor que o seu segmento sofreu uma grande mudança nos últimos dias e isso comprometeu um grande lançamento que estava planejado. Como o time irá lidar com essa alteração? 

Por outro lado, vamos dizer que, por exemplo, um funcionário precisava comparecer a uma reunião presencial na empresa, mas seu carro não estava funcionando pela manhã. Ele irá demorar muito pensando na decisão? Quais opções ele irá considerar?

Nas duas situações, ao aplicar a flexibilidade cognitiva, o indivíduo irá procurar soluções criativas e inovadores para contornar esses problemas e ainda utilizá-los como uma alavanca para novas possibilidades. 

A partir disso, ficou mais clara a importância dessa capacidade para as empresas, certo? Mas não para por aqui. Vamos detalhar mais sobre isso no próximo tópico.

Qual a importância dessa habilidade?

Como já abordamos, a flexibilidade cognitiva é importante, pois define como as pessoas lidam com os desafios do dia a dia. Em um ambiente corporativo, essa capacidade, além de fortalecer equipes, é muito estratégica. 

Então, apesar de o tema estar ganhando mais força recentemente, essa tendência não é exatamente nova. Alguns anos atrás, a Revista Exame já havia publicado os resultados de um estudo feito pelo Fórum Econômico Mundial, chamado “O futuro dos empregos”, em tradução livre. Ele indicava as 10 competências que os profissionais precisavam desenvolver nos próximos tempos

Entre elas, por seus benefícios, a flexibilidade cognitiva se destacava.

Isso porque, a lista de vantagens é longa. Um indivíduo com essa habilidade consegue se adaptar facilmente a mudanças, aprender e aprimorar atitudes, bem como evoluir em diversos aspectos. Essa pessoa também é menos intolerante e mais aberta a novas opiniões, e mais.

Em geral, essas características são bastante procuradas e aprimoradas em líderes. Porém, elas são essenciais em todos os colaboradores e podem ser incentivadas na rotina, como você entenderá mais à frente.

Elas, inclusive, podem ser critérios observados em avaliações de desempenho, processos seletivos, análises para promoção de cargo, etc. Tudo depende dos objetivos da empresa. Porém, não há como negar que é algo muito relevante. 

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Como saber se minha equipe tem flexibilidade cognitiva? 7 sinais da falta dessa habilidade

Ao procurar sobre o assunto, muitos líderes e profissionais de RH podem se deparar com essa pergunta: será que os meus colaboradores têm flexibilidade cognitiva? 

A resposta para esse questionamento também depende do autoconhecimento de cada indivíduo e de como ele se expressa no dia a dia. Porém, a partir de comportamentos comuns da rotina, você pode ter uma noção se é preciso desenvolver essa capacidade no time.

Portanto, alguns dos sinais de falta de flexibilidade cognitiva em uma pessoa são:

  • Incapacidade de lidar com erros/ não aceitar cometer erros;
  • Comportamento teimoso;
  • Baixo desempenho no trabalho;
  • Dificuldade em planejar metas e objetivos;
  • Falta de empatia;
  • Dificuldade em desempenhar tarefas diferentes (não necessariamente por falta de conhecimento);
  • Falta de desenvolvimento da inteligência emocional;
  • Intolerância e incompreensão de diferentes opiniões/ recusa de novas ideias.

É importante ressaltar que, apesar de serem características de uma flexibilidade cognitiva limitada, esses sinais também podem estar associados a outras doenças ocupacionais e até a transtornos comportamentais. Por isso, a atenção dos profissionais de RH a essas condutas no ambiente de trabalho é essencial.

Quais as consequências da falta dessa habilidade?

Como esperado, a falta dessa capacidade faz com que profissionais se prendam a processos ultrapassados (mesmo aqueles que não trazem bons resultados), se intimidem facilmente por desafios e não procurem possibilidades de inovar.

Assim, com o constante avanço do mercado em várias frentes, fica claro por que as empresas precisam investir no desenvolvimento da flexibilidade cognitiva de seus times.

Flexibilidade cognitiva, criatividade e rigidez cognitiva 

Quando falamos sobre flexibilidade cognitiva, esses outros dois termos costumam acompanhar o assunto. Por isso, é importante explicar mais sobre as particularidades de cada conceito e como eles interagem entre si.

Então, como já reforçamos, a flexibilidade cognitiva é a capacidade de inovar nas ideias e tomadas de decisões, de “pensar fora do molde”. Dessa forma, ela está diretamente relacionada à criatividade, apesar de não serem necessariamente a mesma coisa. 

Em geral, as pessoas usam a criatividade como parte de sua flexibilidade cognitiva. Ela é a alavanca que abre as oportunidades para essa habilidade. 

Já a criatividade, de acordo com o dicionário Michaelis, é uma “qualidade ou estado de ser criativo, “a capacidade de criar ou inventar; engenho, engenhosidade, inventiva”.

Por fim, a rigidez cognitiva é o completo oposto da flexibilidade cognitiva. Ela se apresenta quando a pessoa não consegue inovar, seguir novos caminhos, mudar opiniões e aplicar processos diferentes.

Leia também: Indicadores de RH: os 17 KPIs que você precisa conhecer!

6 dicas para desenvolver a flexibilidade cognitiva no trabalho

Até aqui, você já deve ter entendido mais sobre a atuação da flexibilidade cognitiva nas empresas, mas como chegar lá? Para te ajudar com isso, separamos algumas dicas que líderes e departamentos de RH podem implementar para impulsionar a performance de seus colaboradores!

1 – Flexibilize a rotina

Esse é um dos primeiros passos para criar um ambiente mais criativo. Isso porque, ele também considera o tempo e a individualidade de cada colaborador. 

Assim, quando falamos de rotinas mais flexíveis, essa liberdade pode se dar tanto nos horários quanto no ambiente de trabalho, o que estimula o desenvolvimento de capacidades criativas.

Desde a popularização do trabalho remoto, impulsionado pela pandemia da Covid-19, essa também é uma tendência que só cresce. Ainda mais pensando que no modelo remoto ou híbrido exige maiores habilidades de adaptação e planejamento.

Ao colocar o colaborador como protagonista de suas tarefas, é possível oferecer autonomia, maior produtividade e satisfação com a empresa. Claro, tudo isso depende de acordos pré-definidos e de uma boa comunicação interna, mas é uma ótima opção!

Assim, a nossa dica é, ao implementar rotinas mais flexíveis, também incentive o colaborador a mapear seus momentos mais produtivos e criativos do dia. Dessa forma, ele saberá usá-los para impulsionar seu trabalho.

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2 – Incentive o conhecimento

Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas limitam sua capacidade cognitiva simplesmente pela falta de conhecimento sobre suas capacidades, potencialidades e interesses.

Por isso, um dos pontos das ações para impulsionar os resultados do time é oferecer possibilidades de desenvolvimento. Pode ser desde a indicação de cursos gratuitos, conteúdos, treinamentos internos e até mesmo benefícios focados nisso.

Essa dica também está relacionada ao autoconhecimento. Como você está fazendo nesse momento, os funcionários também devem ser incentivados a entender mais sobre suas capacidades e como desenvolvê-las! 

3 – Não limite a empresa à tecnologia

Esse é um dos principais pontos quando falamos da flexibilidade cognitiva. Atualmente, com os avanços tecnológicos, muitas empresas acabam se limitando a depender deles.

A flexibilidade cognitiva age contra isso, se tornando um diferencial no mercado. Por isso, a partir dela, o colaborador não depende apenas de sistemas ou softwares para lhe fornecerem insights e soluções. 

Portanto, incentive o time a ir além dos processos focados em tecnologia, mas em pensar por si mesmo.

Através dessa habilidade, ele mesmo desenvolverá uma maior capacidade crítica, o que o possibilitará pensar mais facilmente em inovações.

4 – Crie um ambiente colaborativo e aberto a ideias

Assim como para outras soft skills, o ambiente é capaz de influenciar o desenvolvimento de habilidades.

Muitas vezes a insegurança e o medo podem impedir que alguns colaboradores se sintam à vontade para compartilhar suas ideias, e isso interfere no aprimoramento da flexibilidade cognitiva. 

Por isso, é importante incentivar essa abertura na cultura da empresa. Para iniciar isso, uma boa opção são as dinâmicas de grupo, propostas pela abordagem da psicologia organizacional.

Essas também são opções para fazer o time sair do “modo automático”, que pode acontecer em rotinas muito restritas e que não focam em inovação.

5 – Estimule um estilo de vida saudável

A flexibilidade cognitiva é uma capacidade que depende de um bom equilíbrio de vida.

Sem isso, o colaborador pode passar por outros desafios relacionados à saúde que afetam seu desempenho. Em geral, esses sintomas acompanham diversos outros prejuízos, como o desenvolvimento de doenças ocupacionais. Entre elas, se destacam a Síndrome de Burnout, ansiedade, depressão, etc.

Para estimular a flexibilidade cognitiva na sua empresa, é necessário, então, se atentar ao aspecto geral da saúde do colaborador, pois essa pode ser uma das maiores barreiras para maiores resultados.

6 – Invista na psicoterapia

A psicoterapia é uma das principais bases para um amplo autoconhecimento e também para o desenvolvimento de diversas habilidades comportamentais. 

Ao investir nessa, além de entender qual a situação atual e quais os próximos passos para evoluir, o colaborador pode desenvolver sua flexibilidade cognitiva junto a um profissional especializado. Nesse processo, o terapeuta saberá desenvolver exatamente os pontos mais necessários para as necessidades daquele indivíduo.

Além disso, o incentivo do processo de terapia nas empresas é muito benéfico, pois ajuda a tratar transtornos mentais e comportamentais que atrapalham o desempenho no trabalho.

Assim, é uma tendência as empresas distribuírem programas de benefícios de terapia para seus colaboradores. Por suas diversas vantagens, esse investimento, inclusive, pode trazer um retorno quatro vezes maior que o valor investido.

Flexibilidade cognitiva e segurança psicológica

Como pontuamos anteriormente, a flexibilidade cognitiva depende de uma série de fatores para ser aprimorada nas empresas.

Sendo assim, poucos profissionais percebem a relação dessa capacidade com a segurança psicológica que os locais de trabalho oferecem (ou deixam de oferecer). 

Esse termo diz respeito à construção de um ambiente de trabalho colaborativo e receptivo que estimula as pessoas a serem elas mesmas. Existem quatro fases que fornam essa sensação de segurança. Assim, os colaboradores se sentem motivados e confiantes em dar o seu melhor, alcançando a alta performance.

Assim, esse conceito tem relação direta com a flexibilidade cognitiva, uma vez que um ambiente psicologicamente seguro é essencial para o desenvolvimento dessa habilidade.

Mas como promover esse tipo de ambiente? As dicas que trouxemos são o primeiro passo. Porém, a consolidação disso acontece de fato com o oferecimento de suporte e atenção à saúde geral do colaborador. Por isso, não deixe de aplicar esse conceito na sua empresa, pois os retornos são muitos!

Como a OrienteMe pode ajudar a sua empresa a desenvolver a flexibilidade cognitiva?

Somos uma plataforma de terapia e orientação nutricional online que tem o objetivo de conectar profissionais a uma vida mais saudável. Nossa solução pode ser oferecida como benefício aos colaboradores da sua empresa para estimulá-los a cuidar da saúde mental e da alimentação.

Esse pode ser um ótimo caminho para melhorar a flexibilidade cognitiva de forma completa, assim como diversos indicadores organizacionais, como atração e retenção de talentos, taxa de turnover, entre outros.

Também há benefícios especiais para a equipe de RH! Fornecemos acesso ao nosso Portal Corporativo, um painel com diversas informações sobre o benefício e os atendimentos. Nele, é possível saber os principais temas tratados, os níveis emocionais do time, a quantidade de videochamadas realizadas e muito mais.

Gostou da nossa solução, mas quer conhecê-la melhor? Confira a nossa página para empresas, que explica com detalhes os benefícios que proporcionamos!

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