Qualidade de vida no trabalho

Um mau líder pode destruir bons profissionais: conheça 10 atitudes que prejudicam as empresas

Daniela Haidar Chohfi -

Seja como funcionário, chefe, profissional de RH ou outra ocupação, é claro na rotina das empresas como um mau líder pode destruir bons profissionais.

Principalmente para quem trabalha com psicologia organizacional nas organizações, é importante a atenção a esses detalhes que mudam as relações – e os resultados – das equipes.

Inclusive, há um ditado que diz: “as pessoas não abandonam maus empregos, elas abandonam chefes ruins”. Ao longo deste artigo, você verá na prática como essa frase se aplica à prática e saberá:

  • 10 comportamentos que indicam como um mau líder pode destruir bons profissionais;
  • Como identificar maus líderes na empresa;
  • Dicas para corrigir esse problema, e mais.

Boa leitura!

Como um mau líder pode destruir bons profissionais?

De acordo com um estudo realizado pela Harvard Business Review, quase metade dos funcionários que experimentaram um ambiente tóxico no local de trabalho reduzem seus esforços em dar o melhor à empresa, sendo que 38% diminuíram intencionalmente a qualidade de suas atividades.

Até porque, um ambiente inadequado de trabalho acaba com o engajamento da equipe, com sua reputação e com os resultados a longo prazo.

Nesse sentido, muito do local de trabalho é feito pelas pessoas. Por isso, a importância de desenvolver as lideranças. A seguir, reunimos 10 condutas que fazem com que um mau líder possa destruir bons profissionais.

1 – Não ter inteligência emocional

Uma pesquisa da Robert Half revelou que 26,4% dos entrevistados apontaram o desequilíbrio emocional como o maior defeito de um líder.

Até porque a falta de inteligência emocional no trabalho prejudica tanto quem não não a desenvolveu quanto a equipe.

A pessoa sem essa capacidade é mais propensa a explosões de raiva, à falta de empatia e não tem muitas habilidades sociais, o que dificulta sua relação com os outros.

Ela também não sabe lidar com contratempos e tomar decisões sob pressão de maneira saudável. Assim, isso resulta em equipes estressadas, com medo e inseguras.

2 – Não tolerar erros

Muitos líderes são inflexíveis quanto às falhas no trabalho, o que é bastante prejudicial.

Como em outras áreas da vida, os erros acompanham a trajetória das pessoas. Porém, um mau líder pode destruir bons profissionais se seu foco estiver apenas nas falhas.

Portanto, o resultado desse comportamento são pessoas retraídas e sem confiança no próprio trabalho. Os processos e resultados também são prejudicados, pois tendem a ser mais lentos.

3 – Não aceitar ou incentivar inovação

Líderes ruins geralmente gostam das coisas de acordo com o gosto deles. Esse comportamento pode resultar em uma resistência a novas ideias.

Sabendo disso, o time fica preso a processos antigos, que nem sempre são os melhores, o que prejudica a rotina de trabalho. Além disso, a empresa pode ficar estagnada, por não acompanhar o ritmo do mercado.

Em relação à equipe, os efeitos podem incluir desânimo, estresse e falta de engajamento.

4 – Ser autoritário

Essa característica é uma das mais comuns, sendo conhecida por ser o que separa “chefes” de verdadeiros líderes. Isso porque, uma pessoa autoritária não conquista o respeito da equipe. Pelo contrário, a faz sentir-se mais frustrada.

O autoritarismo também provoca um sentimento de impotência no time, que não tem vontade de colaborar ou inovar, pois sabe que não será ouvido.

5 – Prejudicar a relação e a motivação da equipe

Quando o líder não se atenta à importância da colaboração, pode fazer com que surjam intrigas entre o time, já que a maneira com que ele trata a equipe afeta as outras pessoas. E isso é mais comum do que se imagina.

Em 2013, uma pesquisa feita pelo Hay Group com a Universidade de Harvard avaliou que, entre os 95 mil líderes de 49 países, cerca de 50% criavam climas desmotivadores contra 19% que promoviam locais de trabalho de alto desempenho

Já no Brasil, onde foram entrevistados mais de 3 mil gestores, 63% promovem um clima desmotivador contra 12% que criam ambientes que motivam os colaboradores.

O efeito disso são equipes mais individualistas e colaboradores frustrados.

6 – Não reconhecer o time

Líderes ruins costumam não ter muito espírito de equipe. Por isso, podem ignorar os avanços e conquistas do time.

Essa é uma grande alavanca para o desengajamento e desinteresse em relação ao trabalho e à empresa. Nesses casos, as pessoas tendem a sentirem-se insuficientes, pois nunca são apreciadas.

7 – Ser arrogante

Se já é difícil conviver com alguém arrogante, lidar com um chefe arrogante pode ser mais desafiador ainda. Isso porque, esse tipo de pessoa tem pouca flexibilidade, não aceita quando erra e não aprende com suas falhas.

Desse modo, esse tipo de líder não costuma aceitar feedbacks e não evolui. Essa conduta pode representar um risco para a equipe, que pode estagnar também e reproduzir o comportamento.

8  – Não se comunicar bem

Um mau líder também pode destruir bons profissionais ao não se preocupar em ter uma comunicação adequada.

Essa postura é evidente a partir de algumas condutas, como:

  • Não saber dar ou receber feedbacks positivos, construtivos ou negativos, pois não se importa com a percepção alheia;
  • Falta atenção ao tom e à linguagem utilizada;
  • Direciona as tarefas de maneira ineficaz; 
  • Tem falhas em processos por conta da comunicação, etc.

O líder é um dos principais pontos de referência e de desenvolvimento dos colaboradores em uma empresa. 

Portanto, suas ações têm total impacto na rotina do time. Isso é especialmente importante, já que a comunicação é uma das maiores bases para outros problemas nas organizações.

Para entender mais sobre esse ponto, assista ao Ted do Alexandre Monteiro, autor e consultor na interpretação e otimização da Linguagem Corporal, que fala sobre como a postura geral do líder influencia a equipe.

9 – Ser controlador

Um dos principais comportamentos que indicam como um mau pode destruir bons profissionais é ao retirar a autonomia do ambiente de trabalho.

Em geral, chefes ruins costumam ser inflexíveis em relação a diversos pontos, como a rotina de trabalho.

Então, ao espelhar sua própria insegurança e controle nos colaboradores, eles podem aderir a práticas negativas, como o microgerenciamento. Isso significa que ele acompanha cada tarefa e seu passo a passo, dando sua opinião e alterando as atividades conforme seu gosto pessoal.

Em alguns casos essa postura não é intencional, mas não deixa de ser menos nociva, pois torna os processos mais burocráticos, já que tudo precisa de aprovação do líder. 

Além disso, o número de correções e revisões nas tarefas aumenta, o que diminui a autoconfiança e a agilidade do time.

10 – Não ser organizado

A organização em uma empresa é essencial, principalmente para gestores e líderes. 

Até porque, se essas ocupações não forem ordenadas, acabam resultando em problemas como baixa produtividade na equipe, perda de informações importantes e falta de eficiência. Dependendo da função, esses pontos são ainda mais graves.

Essa questão também está relacionada à gestão estratégica e pode impactar indicadores de RH importantes para a empresa.

Como identificar maus líderes na empresa?

Os efeitos de um líder ruim na organização são sentidos principalmente na saúde mental dos colaboradores e em diversos indicadores. Além disso, alguns pontos que podem indicar esse problema na sua empresa são:

  • Alto número de rotatividade;
  • Crescimento na taxa de doenças ocupacionais, como depressão e ansiedade;
  • Baixa produtividade;
  • Falta de engajamento;
  • Conflitos no ambiente de trabalho;
  • Aumento no absenteísmo e na sinistralidade;

Esses pontos só reforçam que, por mais brilhante e experiente que alguém possa ser em sua função, também devem ser consideradas suas habilidades interpessoais

Atualmente, inclusive, o desenvolvimento pessoal é uma preocupação das empresas, que buscam proporcionar maneiras de aprimorar as habilidades comportamentais, como benefícios voltados à saúde emocional.

E esse é um fator importante para os trabalhadores. Para quase 75% dos entrevistados pela pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho feita pela The School of Life e pela Robert Half, a qualidade mais admirada em um líder é o bom comportamento.

Ainda de acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados já pediu demissão motivado por uma relação ruim com o líder ou outro membro da equipe

Esses dados só reforçam a necessidade de as empresas olharem com atenção para benefícios que permitam desenvolvimento pessoal, como a psicoterapia e treinamentos.

Como corrigir esse problema?

Lideranças ruins representam um risco ao bem-estar no trabalho. Por isso, não é à toa que um mau líder pode destruir bons profissionais.

Isso porque, chefes ruins afetam a equipe psicologicamente, o que pode levar ao desenvolvimento de diversas doenças ocupacionais. Estresse, ansiedade e depressão são só algumas da lista.

Então, como resolver esse problema? Focar no fortalecimento da segurança psicológica na empresa é um começo.

Esse conceito significa a liberdade que a equipe tem para aprender, errar, colaborar e desafiar processos ineficazes. Como é de se imaginar, um mau líder não desenvolve esse conceito com a equipe, o que causa grandes prejuízos à empresa.

Porém, é possível começar a aumentar a segurança psicológica do seu local de trabalho através de passos simples. O primeiro deles é o incentivo e a conscientização do tema na empresa. Afinal, só é possível fazer essa mudança ao ter o engajamento de todo o time.

Como é um processo que beneficia tanto a organização quanto os colaboradores, é comum que as equipes se entusiasmem com o tema. 

Em seguida, podem ser promovidas outras práticas, como uma cultura de feedbacks constantes, desenvolvimento constante (principalmente de líderes) e outros.

Para te ajudar nessa tarefa, você pode contar com a OrienteMe. Somos uma plataforma de saúde psicológica e nutricional corporativa que proporciona desenvolvimento a partir de atendimento individualizado para cada colaborador. Acesse a nossa página para empresas e saiba mais.

Ainda, se você quer conhecer outras práticas para evitar os comportamentos que indicam como um mau líder pode destruir bons profissionais, confira o nosso e-Book completo sobre segurança psicológica e aplique já as dicas.

Os efeitos de uma boa liderança

Você sabia que bons líderes podem evitar a Síndrome de Burnout entre suas equipes? É o que indica um estudo conduzido pela Goethe University, na Alemanha. 

De acordo com os pesquisadores, o estilo de liderança tem influência direta no sentimento do colaborador em relação ao seu trabalho. Assim, eles descobriram que times com maior sensação de identidade coletiva têm menor probabilidade de desenvolver a doença.

Além disso, bons líderes também impactam diretamente em outros fatores em relação à equipe, que já ressaltamos, como produtividade, busca por resultados e engajamento com a empresa, por exemplo.

Por isso, não deixe de pensar em iniciativas para desenvolver as habilidades de liderança da sua empresa. Muitas vezes, pessoas podem ser líderes ruins, pois estão com algum desequilíbrio em suas vezes. 

Para isso, a ajuda de um psicólogo, além do apoio da empresa, podem ser a chave para colaborar com o desenvolvimento de grandes profissionais.

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A OrienteMe conecta pessoas a uma vida mais saudável ao fortalecer a saúde física e mental dos funcionários da empresa. Dessa forma, contribuímos tanto para a satisfação quanto para a motivação dos colaboradores em mais de uma área da vida.

Com o apoio de psicólogos e nutricionistas experientes, os profissionais poderão ser incentivados a adotar hábitos mais equilibrados. Por consequência, isso resulta na melhora da saúde mental e física deles.

Para líderes, que lidam com muitas pessoas e responsabilidades, esse ponto é ainda mais relevante.

Mas os benefícios não são apenas para os funcionários. O RH também ganha uma vantagem enorme ao adotar nossa plataforma.

Disponibilizamos o acesso ao Portal Corporativo OrienteMe, um painel que possibilita o acompanhamento de indicadores relevantes, como mapeamento de riscos relacionados à saúde mental, níveis emocionais dos colaboradores e os principais temas tratados.


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