Os tipos de turnover revelam uma série de dados importantes relacionados aos indicadores de RH de uma organização.
Principalmente porque, a permanência e performance da equipe são dois fatores importantes para o sucesso de qualquer organização, e devem ser prioridades para os profissionais de psicologia organizacional.
Até porque, altos níveis de turnover, ou determinados tipos, podem colocar o negócio em risco sem que o RH perceba, caso não haja acompanhamento.
Com este artigo, você irá conhecer tudo sobre os tipos de turnover, e iremos além, falando sobre:
- O que é turnover;
- Quais seus tipos;
- Qual o índice de rotatividade no Brasil;
- Qual a diferença entre turnover e absenteísmo;
- Como identificar seu tipo de rotatividade;
- Quais as principais causas desse problema;
- Como calcular o índice de turnover;
- Quais os impactos desse indicador no dia a dia;
- Como reduzir esse índice, e muito mais.
Boa leitura!
O que é turnover?
O turnover é um indicador que mede a quantidade de colaboradores que deixaram a empresa em determinado período. Por isso, o resultado desse cálculo também é conhecido como taxa de rotatividade.
Seu cálculo também considera o fluxo de contratações e desligamentos.
Assim, esse acompanhamento é essencial e uma das principais ações tomadas por profissionais que procuram construir um RH estratégico.
Isso porque, junto ao estudo dos tipos de turnover na empresa, essa análise consegue relevar se:
- Estão existindo muitos gastos com contratações e desligamentos;
- A cultura organizacional está adequada;
- Se o processo de recrutamento e seleção é eficiente, entre outros.
O que significa turnover em português?
A tradução da palavra turnover, de origem inglesa, pode ser traduzida como “renovação”.
Porém, para o RH e o mercado de trabalho especificamente, esse termo é entendido como “rotatividade”, principalmente se tratando dos motivos que levam pessoas a deixarem organizações.
Quais os tipos de turnover?
Agora que você já entendeu o conceito, iremos explicar quais os tipos de turnover.
Separamos os quatro principais, que são:
- Turnover voluntário;
- Turnover involuntário;
- Turnover funcional;
- Turnover disfuncional.
Turnover voluntário
O turnover voluntário é aquele em que o próprio colaborador toma a decisão de sair da organização. Assim, ele pode acontecer por diversos motivos, como:
- Outra proposta de trabalho mais atraente;
- Problemas pessoais;
- Problemas de saúde mental e física;
- Desengajamento com o ambiente de trabalho;
- Falta de plano de carreira;
- Relacionamentos ruins com chefes e colegas de trabalho;
- Ambiente ruim ou com muita tensão.
Dessa maneira, quando esse tipo de turnover está presente, exige atenção redobrada dos profissionais de psicologia organizacional, exatamente para que suas causas não sejam de responsabilidade da empresa.
Turnover involuntário
O turnover involuntário se caracteriza pelo tipo de desligamento realizado pela empresa, muitas vezes de maneira estratégica.
Embora seja uma decisão interna, sua frequência e causas também devem ser acompanhadas com cuidado. Isso porque, se acontecerem com muita constância, também representam prejuízos à organização.
Alguns motivos para o turnover involuntário são:
- Processo de recrutamento e seleção não assertivo;
- Baixa performance;
- Falta de fit com a cultura da empresa;
- Problemas comportamentais, como falta de inteligência emocional;
- Desligamento por justa causa, entre outros.
Turnover funcional
O turnover funcional é aquele em que um colaborador, ao perceber que está com a performance baixa, pede o desligamento da empresa.
Para a organização, esse tipo é menos prejudicial, porque representa um processo com menos gastos e também a possibilidade de contratação de alguém que possa assumir essas responsabilidades.
Turnover disfuncional
O turnover disfuncional acontece quando um colaborador com uma alta performance sai da empresa.
Esse tipo de turnover representa um grande prejuízo à empresa. Além de perder o desempenho desse colaborador, ela pode ter dificuldade em encontrar outros profissionais com o mesmo perfil.
Para o RH, uma das tarefas mais desafiadoras é exatamente manter a equipe engajada e motivada para evitar que tipos de turnover como esse aconteçam, o que pode ser feito a partir de estratégias assertivas, como você verá mais adiante.
Qual o índice de turnover médio no Brasil?
De acordo com um levantamento realizado pela Robert Half, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o Brasil é o país com o maior índice de turnover do mundo.
Na análise, o Brasil registrou aumento de 56% no turnover, à frente de países europeus como Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%).
Aqui, é possível encontrar registros de taxas de 3,79% por mês, sendo que alguns segmentos atingem números acima de 6%.
Essa informação, por mais impactante que seja, também acende o alerta para profissionais e empresas sobre a necessidade de mudança nos ambientes de trabalho e a valorização das equipes.
O que é um índice de turnover alto?
Um turnover alto acontece quando as taxas de rotatividade estão acima de 10% por ano, de acordo com a média do mercado.
Claro, isso pode mudar de acordo com o tamanho da empresa, setor e até atividade desempenhada, mas é importante cuidar para não deixar o índice chegar a esse número.
O que é um índice de turnover baixo?
De acordo com pesquisas, um índice de turnover baixo fica abaixo de 5% por ano.
Porém, independentemente do tamanho da empresa, existem diversos desafios em manter essas taxas baixas sem as estratégias corretas.
Qual a diferença entre turnover e absenteísmo?
Como falamos anteriormente, o turnover representa o número de desligamentos de funcionários em determinado período.
Já o absenteísmo é outro indicador de RH. Ele revela o número de faltas ou atrasos dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Assim, apesar de serem métricas diferentes, existem diversos benefícios em analisar os dados juntos.
Por exemplo, um funcionário com uma alta taxa de absenteísmo pode ter maiores chances de pedir um desligamento, dependendo dos motivos apresentados.
Como identificar meu tipo de turnover?
A análise de dados a partir dos principais indicadores de RH da empresa é o primeiro passo.
Ao avaliar eles e também o comportamento organizacional, é possível ter diversos dados que ajudam a encontrar o problema.
Além disso, duas ações assertivas são as pesquisas de clima organizacional e a abertura para feedbacks.
Até porque, nada melhor do que contar com a resposta objetiva do time, certo?
A pesquisa pode ser feita de maneira anônima, garantindo que todos estejam confortáveis e sejam honestos sem medo de consequências.
Já em relação aos feedbacks, esse deve ser um movimento em constante desenvolvimento na empresa.
Até porque, é a partir do senso de segurança psicológica e do exercício diário de melhorar a comunicação na empresa que, com o tempo, a organização consegue aprender e aplicar os feedbacks de todo o time.
Quais as principais causas do turnover?
Os diferentes tipos de turnover podem ter causas variadas e, na maioria das vezes, não é só um fator que é responsável pelo problema.
A seguir, separamos as principais causas do turnover para que você comece a analisar se este é um problema recorrente na sua empresa.
1 – Falta de clareza nas vagas e fit dos candidatos
Diversas vezes, o gargalo está no processo seletivo realizado pela empresa.
Isso porque, se não for feito de maneira estratégica e analítica, pode acabar selecionando candidatos que, na verdade, não se encaixam com o cargo ou até mesmo com a cultura da empresa.
Os problemas comportamentais também se destacam nesses casos.
Para você ter ideia, essa questão é tão expressiva que, segundo uma pesquisa da Michael Page, 9 em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos por fatores comportamentais.
2 – Ambiente de trabalho ruim
Os problemas relacionados ao ambiente de trabalho também costumam ser grandes impulsionadores da rotatividade nas empresas.
Locais com uma cultura de produtividade tóxica, assédio moral, verbal e psicológico, metas irrealistas e falta de equilíbrio entre performance e bem-estar no trabalho não conseguem reter talentos por muito tempo.
Eles também colaboram com o desenvolvimento de diversas doenças ocupacionais, como a Síndrome de Burnout.
3 – Baixa qualidade do clima organizacional
Aliada aos problemas envolvendo o ambiente de trabalho, um clima organizacional ruim, com pouca motivação e sentimento de pertencimento, colabora com a desmotivação da equipe e o aumento do turnover.
4 – Lideranças tóxicas
Pelo menos 50% dos profissionais pedem demissão por problemas com a liderança.
Isso porque, o líder é um dos principais contatos da equipe com a empresa e sua cultura e, se eles não reforçarem boas práticas, podem ser responsáveis por destruir grandes profissionais.
5 – Falta de reconhecimento da equipe
Empresas sem programas de reconhecimento profissional acabam ficando para trás no mercado.
Seja por ações pontuais ou frequentes, com o aumento da percepção da importância da qualidade de vida no trabalho e outros conceitos, os colaboradores passaram a valorizar cada vez mais lugares que possibilitam o crescimento e reconhecimento.
6 – Poucas oportunidades de crescimento
Se a sua empresa não tem um plano de carreira claro, esse é o momento de começar a analisar essa questão.
Principalmente para carreiras mais competitivas, como tecnologia, marketing, vendas, entre outros, a possibilidade de enxergar o desenvolvimento profissional é de extrema importância.
Sem essa segurança, é capaz que a sua organização esteja perdendo talentos.
7 – Remuneração e benefícios pouco atraentes
Como comentamos, a qualidade de vida e o bem-estar são prioridades para os profissionais atuais, e essa é uma tendência que só promete crescer.
Portanto, é importante se preocupar se a sua empresa oferece incentivos nesse sentido.
Assim, além de colaborarem com a retenção e engajamento de talentos, benefícios estratégicos, como aqueles voltados ao equilíbrio de vida, ainda podem ser portas de desenvolvimento que podem os ajudar a crescer pessoalmente e profissionalmente.
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8 – Poucos feedbacks e comunicação ruim
Uma boa comunicação em todas as frentes é um dos segredos para evitar os tipos de turnover e manter os colaboradores motivados.
Isso porque, a falta de clareza colabora diretamente com a insatisfação no trabalho, além de agravar problemas de ansiedade e estresse entre a equipe, o que, com o tempo, causa o desgaste e a eventual saída voluntária da empresa.
Como calcular o índice de turnover na empresa?
O cálculo do índice de turnover (ou índice de rotatividade) pode ser feito de maneira simples.
Para isso, basta você dividir a quantidade de colaboradores desligados em determinado período (como um ano) pelo número de funcionários na época e multiplicar esse valor por 100:
Taxa de turnover = (nº de colaboradores desligados ÷ nº de total de colaboradores) × 100
Ao final, você terá o índice de turnover da sua empresa em porcentagem. Vamos mostrar, na prática, um exemplo.
Taxa de turnover = (2 ÷ 200) x 100 = 1%
Portanto, a conclusão seria que, nesse caso, a taxa de turnover do ano (período analisado), foi de 1%.
Lembrete: na soma do total de colaboradores desligados, é necessário considerar aqueles que foram desligados e os que saíram de forma voluntária.
Por que calcular o índice de turnover?
Um dos principais motivos é prever períodos desafiadores e problemas, tendo espaço para tomar ações estratégicas.
Isso porque, altos índices de rotatividade revelam pontos a serem consertados na empresa, que não devem ser ignorados. Como você verá, os diferentes tipos de turnover representam riscos e grandes impactos para as organizações.
Assim, ao fazer esse cálculo e acompanhar esse indicador, o RH pode se precipitar e, analisando suas causas, aplicar soluções eficientes, como programas de qualidade de vida, por exemplo.
Qual o impacto dos tipos de turnover?
Os diferentes tipos de turnover representam, em todas as suas categorias, grandes riscos para as empresas.
Até porque, como é de se imaginar, é através do trabalho da equipe que a organização alcança seus resultados.
Ao fazer com que os colaboradores permaneçam e cresçam junto com ela, todos saem ganhando. Por outro lado, os efeitos de uma alta taxa de rotatividade são:
- Altos custos com demissões;
- Queda na produtividade da equipe;
- Perda de processos e resultados;
- Maior insegurança no resto do time;
- Prejuízos para a imagem da empresa;
- Risco de processos trabalhistas e outras ações.
Nesse TED, são abordadas as principais bases que fazem as pessoas serem felizes no trabalho, uma reflexão essencial para ter menores taxas de rotatividade. Legendas em português estão disponíveis, se necessário. Confira!
Como reduzir os tipos de turnover na organização?
Agora que você já conhece os tipos de turnover e suas diversas causas, é o momento de entender como diminuir a rotatividade de forma efetiva. A seguir, separamos algumas dicas certeiras.
1 – Trabalhe a segurança psicológica e uma comunicação aberta
A segurança psicológica diz respeito à construção de um ambiente saudável e que estimula a colaboração, em que as pessoas se sentem confortáveis em serem elas mesmas.
Essa é uma característica essencial para que colaboradores alcancem resultados de alta performance e também para a diminuição da rotatividade.
Algumas ações para implementar e promover a segurança psicológica são:
- Linguagem de comunicação empática;
- Valorização do equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- Tratar erros como oportunidade de aprendizado;
- Valorização do trabalho em equipe;
- Segurança e confiança para expressar ideias.
2 – Ofereça benefícios de qualidade de vida
As plataformas de bem-estar e qualidade de vida são ótimas opções para cuidar da saúde da equipe de forma ativa e preventiva.
Esse tipo de benefício, além de ajudar a engajar a equipe em mudanças de vida saudáveis e duradouras, impulsiona a retenção e atração de talentos e colabora com o clima organizacional em geral.
Se feito de forma estratégica, esse tipo de iniciativa também ajuda o RH a monitorar a saúde dos colaboradores e prevenir doenças ocupacionais, como a Síndrome de Burnout, diminuir acidentes e afastamentos do trabalho, e mais.
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3 – Treine líderes e equipes
O treinamento de lideranças é uma das principais ferramentas que ajuda o RH a ter certeza de que a cultura e os valores da empresa estão sendo praticados assertivamente pelos líderes e equipes.
Além disso, como qualquer habilidade, o aprimoramento da liderança e outras soft skills deve ser um foco constante da organização. Os treinamentos e capacitações, ainda, também ajudam a reter talentos ao promover oportunidades de desenvolvimento.
4 – Analise a situação dos planos de carreira
Avaliar os planos de carreira não é benéfico apenas para os colaboradores, que sabem quais serão seus próximos passos profissionais, mas também para a organização, que tem maior visibilidade sobre o futuro e potencial da equipe e da empresa como um todo.
5 – Fique de olho nas atualizações do mercado
Os maiores talentos sempre procurarão as melhores oportunidades no mercado e, por isso, o RH deve estar em constante contato com as atualizações disponíveis.
Essas atualizações dizem respeito tanto a benefícios, tendências e maneiras de contribuir com a performance e permanência do time na organização.
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Como você viu, o turnover é uma métrica diretamente relacionada à insatisfação no trabalho.
Afinal, uma equipe insatisfeita ou doente não consegue dar o seu melhor, o que afeta diretamente os resultados de toda a empresa e os principais indicadores de RH.
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