A maneira como uma empresa e sua equipe se comunicam diz muito sobre ela. Esse comportamento organizacional afeta a percepção de clientes, do mercado e até mesmo a dos próprios colaboradores. Por isso, a comunicação empática se faz cada vez mais necessária e presente nas empresas.
Porém, ter uma boa comunicação não é uma tarefa fácil. Uma pesquisa realizada pela revista britânica The Economist reforça isso.
De acordo com o estudo, 44% dos entrevistados relatam que a falta de comunicação provou atrasos ou falhas na conclusão de projetos. Ainda, 18% afirmam que a má comunicação causou uma redução nas vendas.
Além disso, uma comunicação ruim afeta diretamente a saúde emocional das pessoas: 52% relataram sentir maior estresse no trabalho, e 31% relataram desânimo por conta desses problemas.
Mas então, o que é a comunicação empática, como ela ajuda as pessoas e as empresas a evitar problemas como esses, e como desenvolvê-la? É exatamente isso e muito mais que explicaremos neste artigo.
Confira!
O que é empatia?
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo seu ponto de vista e emoções.
Dessa forma, você passa a avaliar as situações pela ótica do outro, analisando como uma percepção diferente da sua funciona, e como as emoções do outro podem ser afetadas de forma diferente da sua.
Entretanto, apesar da impressão que passa, empatia e simpatia não são sinônimos.
A empatia é uma escolha objetiva e ao mesmo tempo vulnerável de entender a ótica e as razões do outro, enquanto a simpatia geralmente está associada a compartilhar os mesmos sentimentos e percepções com o outro.
E é exatamente aqui que está o “x” da questão. Com a empatia e uma comunicação empática, é possível divergir e até mesmo não compreender totalmente o outro, mas colocar-se no lugar dele e reduzir conflitos, fortalecer laços e principalmente prezar pela saúde emocional de todos.
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O que é comunicação empática?
Portanto, a comunicação empática nada mais é do que utilizar a empatia nos diálogos e comunicações diários. Para isso, o interlocutor (quem fala), tem o hábito de se colocar no lugar do outro nos momentos de comunicação, prezando por um ambiente de trabalho saudável.
Por que é importante praticar a comunicação empática?
A comunicação empática ajuda a promover o bem-estar no trabalho e a reforçar sentimentos positivos em si mesmo. Especialmente para cargos de liderança, essa habilidade é essencial, já que o líder lida com diferentes pessoas, conflitos e mudanças no dia a dia.
Inclusive, de acordo com uma pesquisa feita pela empresa Crescimentum, a empatia é a segunda habilidade mais importante para líderes do futuro.
Ainda, como falamos anteriormente, a comunicação usada pelos membros da empresa define como a equipe se sentirá na rotina e também define seus níveis de engajamento e motivação. Além disso, o uso da comunicação empática no dia a dia é importante porque:
- Aumenta a clareza nos diálogos;
- Reduz a ineficiência na comunicação e a necessidade de refazer tarefas;
- Impulsiona a confiança do time e a colaboração entre equipes;
- Ajuda a reduzir e solucionar conflitos;
- Desenvolve habilidades sociais e diminui julgamentos;
- Colabora com o senso de segurança psicológica da empresa, e mais.
Para se aprofundar no assunto, em seu Ted, Carolina Nalon explica como a comunicação empática pode ser o motor da mudança em uma sociedade desigual, confira.
Comunicação empática e inteligência emocional – Daniel Goleman
Antes de nos aprofundarmos nas dicas para como desenvolver a comunicação empática no dia a dia, é importante ressaltar a conexão dessa habilidade com a inteligência emocional.
Para Daniel Goleman, autor do best-seller “Inteligência Emocional”, a empatia está diretamente conectada à inteligência, sendo que existem três dimensões dessa habilidade:
- Empatia cognitiva: entender como o outro vê o mundo e adaptar sua comunicação a essa percepção;
- Empatia emocional: compartilhar os mesmos sentimentos e percepções que outra pessoa e, por isso, compreendê-la;
- Preocupação empática: real preocupação com o outro e entendimento de que suas emoções também importam. Para Goleman, essa habilidade é essencial para que os colaboradores se sintam acolhidos em uma empresa.
Mas então, qual a ligação da inteligência emocional? A inteligência emocional é a capacidade de entender e lidar com suas próprias emoções no dia a dia. Portanto, ao encontrar esse equilíbrio, é mais fácil ter uma comunicação empática, que não irá afetar a saúde emocional dos demais de maneira negativa.
Porém, o desenvolvimento dessa habilidade requer acompanhamento psicoterapêutico e uma rotina equilibrada, a fim de fornecer uma boa base de saúde mental para o time.
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Exemplos de comunicação empática
Muitas vezes, a comunicação empática agrega mudanças sutis ao tipos de diálogo utilizados no dia a dia, mas que fazem toda a diferença.
Isso porque, ao praticá-la, é possível criar um ambiente mais harmonioso em que existe a verdadeira preocupação sobre como as pessoas receberão o que foi comunicado.
Portanto, alguns exemplos de comunicação empática são:
- “[Nome da pessoa], entendo que você tem se esforçado bastante para realizar o atendimento dos clientes da melhor maneira possível e gostaria de te parabenizar por isso, é muito importante que nossos clientes tenham uma boa experiência conosco e sei que você preza por essa frente. Também reparei que existem alguns registros atrasados no nosso sistema, você acredita que isso possa ter a ver com a sua administração do tempo? Como posso ajudar?”;
- “[Nome da pessoa], nas últimas semanas você tem chegado atrasado ao trabalho e parece um tanto distante. Está tudo bem? Podemos falar sobre isso para eu entender como eu e a empresa podemos te ajudar?”;
- [Equipe], a nossa última operação teve um erro que causou [certa consequência]. Entendo que isso acontece, mas, para que não se repita, podemos discutir o que houve e como podemos ser mais eficientes no futuro?”
Percebe como, nos exemplos, é possível explicar a situação sem usar uma comunicação agressiva?
Principalmente para situações delicadas, a comunicação empática pode ser de grande ajuda. Em feedbacks, ela é essencial, pois garante que os conflitos sejam resolvidos ou reduzidos ao mesmo tempo que garante que ninguém sinta-se humilhado ou constrangido, prezando o respeito e a qualidade de vida no trabalho.
Como praticar a comunicação empática? 5 dicas
Quanto mais incentivada dentro da empresa, mais eficiente a comunicação empática é. Por isso, é ideal que os profissionais de psicologia organizacional apliquem ações eficientes nesse sentido, como:
1 – Trabalhe essa mentalidade na empresa
Para que a comunicação empática seja realmente eficiente na empresa, ela deve ser um valor propagado entre todos os membros.
Portanto, é preciso que sejam feitas ações periódicas, como palestras, dinâmicas e principalmente treinamentos entre o time. Isso porque, como essa é uma habilidade interpessoal a ser desenvolvida, requer também incentivo da empresa.
Assim, principalmente líderes e profissionais de RH devem avaliar a comunicação do ambiente de trabalho para determinar como é possível corrigir determinadas condutas e prezar por uma comunicação empática.
2 – Incentive a cultura de feedbacks
Com uma abertura para feedbacks negativos, positivos e construtivos é mais fácil guiar equipes ao sucesso. Porém, para que sejam assertivos, é preciso saber transmiti-los, e a comunicação empática é muito útil nesse momento.
Portanto, incentive os feedbacks como algo constante na empresa, pois eles são o principal caminho para diálogos mais claros e objetivos na empresa, tornando essa troca mais natural no dia a dia.
3 – Apoie o desenvolvimento de outras habilidades importantes
Como você viu, o desenvolvimento da comunicação empática também acompanha o aprimoramento de outras habilidades interpessoais relacionadas ao lado emocional, como:
- Inteligência emocional;
- Resiliência;
- Senso coletivo;
- Escuta ativa;
- Capacidade de resolução de conflitos.
Assim como ressaltamos anteriormente com a obra de Daniel Goleman, a empatia é melhor desenvolvida quando associada a outras habilidades. Dessa forma, é possível formar colaboradores e líderes cada vez mais emocionalmente preparados, o que representa vantagens internas e externas para a empresa.
4 – Ofereça possibilidades de desenvolvimento constante
Como uma habilidade comportamental, a empatia é algo que deve ser desenvolvida constantemente, e a empresa pode ajudar a potencializar seus colaboradores nesse sentido.
Assim, cabe à organização avaliar quais benefícios e possibilidades mais fazem sentido para a equipe, contando com especialistas no assunto. Ainda, é preciso ressaltar que essa análise deve ser estratégica e focar tanto no desenvolvimento individual como no coletivo.
Nesse sentido, uma opção popular entre os negócios são aquelas voltadas à qualidade de vida e ao desenvolvimento do tempo ao mesmo tempo.
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5 – Promova a diversidade na empresa
Uma empresa verdadeiramente empática está aberta a todos os tipos de pessoas e, para isso, são necessárias ações de diversidade e inclusão.
Isso porque, ao se abrir a conceitos como neurodiversidade, diversidade etária, cultural, entre outros, é possível contar com diferentes tipos de colaboradores e, portanto, ideias, vivências e outros pontos que ajudam a fortalecer times e empresas com valores sociais importantes.
Além disso, é possível reforçar a comunicação empática com esse tipo de ação ao proporcionar um maior contato dos colaboradores com a sociedade como ela é: diversa, contribuindo também para um maior acesso de pessoas que normalmente não teriam essas oportunidades.
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O desenvolvimento e o crescimento de equipes é composto de diversos fatores, mas principalmente pelo equilíbrio emocional, nutricional e físico. Por isso, uma das principais ações que a sua empresa pode fazer para potencializar o time é oferecer possibilidades de evolução nesse sentido.
Afinal, uma equipe desequilibrada não consegue dar o seu melhor, o que afeta diretamente os resultados de toda a empresa e os principais indicadores de RH.
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