Se adaptar às novas circunstâncias e mudanças do mercado: essa é a liderança situacional.
Dentro da psicologia organizacional, fica cada vez mais claro como a flexibilidade é um fator decisivo para as organizações que se saem melhor no mercado. Para ter esse destaque, um dos pontos mais decisivos e populares nos últimos tempos tem sido justamente a liderança situacional.
Isso porque, como destacamos, os líderes situacionais conseguem processar feedbacks e as necessidades dos colaboradores para criar times de alta performance.
Porém, essa é uma capacidade que exige um desenvolvimento emocional constante e aprofundado. Mostraremos, neste artigo, tudo que você precisa saber sobre o tema.
Boa leitura!
O que é liderança situacional?
A liderança situacional diz respeito à capacidade do líder de se adaptar bem a mudanças, novos desafios e às necessidades de sua equipe.
Esse método nasceu da teoria dos cientistas Paul Hersey e Kenneth Blanchard, que estudaram sobre como as equipes se relacionavam com seus líderes – e quais resultados esses comportamentos distintos proporcionavam.
Assim, da mesma forma que existem diversos tipos de liderar de acordo com o momento, a liderança situacional reforça que os profissionais são capazes de navegar entre eles de forma a impulsionar seus times. Portanto, se pudéssemos usar apenas uma palavra para resumir liderança situacional, seria adaptabilidade.
No mercado, durante muitos anos se pregava que equipes deveriam se adaptar aos “jeitos”. Com o tempo, essa postura faz com que muitos negócios percam talentos, uma vez que é claro como maus líderes podem destruir bons profissionais.
Portanto, um bom líder é aquele que consegue estimular o sucesso de sua equipe e, por consequência, sua empresa, e a liderança situacional pode ajudar nessa tarefa.
A teoria de Hersey e Blanchard
Para Paul Hersey e Kenneth Blanchard, o estilo de liderança empregado pelo líder diz muito sobre sua a equipe, ou assim deveria ser.
Ao observar a relação entre líderes e equipes, eles classificaram os níveis de maturidade dos colaboradores e entenderam quais times são mais propícios a alcançarem maiores performances.
Dessa forma, eles constataram que não existe um tipo de liderança melhor ou pior. A melhor maneira de gerir times é individual e relacionado às necessidades dos mesmos.
Sendo assim, o líder situacional tem uma postura de um “capitão de um navio”, dependendo de como estiverem os ventos e os mares naquele momento, ele direcionará a equipe para que ela seja capaz de entregar o seu melhor, superar a turbulência e sair fortalecida.
Como saber se a minha equipe precisa de liderança situacional?
Como ressaltamos, a liderança situacional está especialmente ligada a entender as necessidades dos colaboradores, as circunstâncias do momentos e os recursos disponíveis, se adaptando a eles.
Portanto, aplicar esse conceito pode ser uma forma de promover um ambiente de trabalho saudável, com menos estresse e uma performance melhor.
Para determinar se a liderança situacional seria um bom método para o seu time, a atenção a certos indicadores pode ajudar. É possível reparar se:
- Tivemos casos de Síndrome de Burnout recentemente? Se sim, em quais equipes?
- Os níveis de estresse no trabalho estão altos?
- O nível de turnover (rotatividade) está alto?
- A equipe é engajada e motivada?
- Os colaboradores conseguem entregar a melhor performance no momento?
- Promovemos um ambiente de trabalho saudável?
- Como está a produtividade do time?
- Temos muitos atestados médicos ou afastamentos?
- As equipes sentem confiança em seus líderes?
- Os colaboradores têm espaço para falar e contribuir com uma boa comunicação?
Essas são apenas algumas observações que podem te ajudar a entender se um estilo de liderança mais flexível seria benéfico para a sua empresa.
Lembrando que a liderança é um fator determinante para a equipe. Uma pesquisa da Gallup revelou que 70% das mudanças no engajamento das equipes estão relacionadas aos líderes imediatos. Apesar disso, o levantamento também identificou que só 20% dos trabalhadores se sentem engajados no trabalho, o que gera prejuízo global de US$ 8,1 trilhões.
Leia também: Saúde emocional: um guia completo para promover na sua empresa
Quais são os 4 estilos de liderança situacional? A matriz da liderança situacional
Os 4 estilos de liderança situacional se baseiam principalmente no nível de maturidade da equipe, ou seja, qual o grau de presença e direcionamento que eles precisam do líder.
Assim, a partir de uma matriz, Paul Hersey e Kenneth Blanchard conseguiram definir quais tipos de liderança situacional podem ser empregados de acordo com uma matriz que avalia esses conceitos.
Portanto, esses estilos conseguem contemplar as diferentes necessidades dos times e ainda empregar a base desse conceito: a adaptabilidade.
Detalhamos mais sobre esses níveis para você:
Direção
Nesse estilo, é necessário que o líder tenha uma visão mais estratégica das tarefas, orientando o que e como fazer. Ele é responsável pelo planejamento e também está presente como apoio durante todo o processo.
Quando usar: para equipes com menos experiência ou confiança no trabalho. Aqui, ainda existe um certo grau de liberdade, mas a presença e a atividade do líder ainda é necessária na maior parte do tempo.
Orientação
Neste estilo, o líder ainda é o elemento central das decisões, mas a equipe passa a ser mais ativa no processo de definição de estratégias. O líder também passa a detalhar mais o porquê das tarefas, e não apenas o como e quando.
Quando usar: esse estilo de liderança situacional pode ser utilizado principalmente para desenvolver habilidades técnicas entre os colaboradores e desenvolvê-los.
Apoio
Aqui, podemos dizer que a equipe adota um estilo de gestão colaborativa. Ou seja, o líder situacional consegue envolvê-la como parte ativa do processo de estratégia e tomada de decisão.
Ele ainda está presente para orientar, quando necessário, mas os colaboradores têm maior autonomia e flexibilidade para realizarem suas tarefas no dia a dia, o que contribui com a inovação e o engajamento.
Quando usar: para equipes mais maduras, com maior segurança e em momentos de sugestão de novas ideias e projetos.
Autonomia
Aqui, pode-se dizer que o líder desenvolveu a equipe ao ponto de que ela executa suas tarefas com autonomia e confiança no dia a dia. Neste momento, líder e liderado passam a ter uma verdadeira relação de parceria, onde a hierarquia é menos evidente e a comunicação é feita de forma aberta.
Quando usar: com equipes bastante maduras e seguras de seus processos e líderes estratégicos.
5 características de um líder situacional
Uma palavra que define a rotina de um líder situacional é desenvolvimento. Psicoterapia, cursos, livros e outros recursos devem fazer parte do dia a dia desse profissional, exatamente porque desenvolvem capacidades necessárias para desempenhar esse estilo de gestão.
Para você entender melhor o que forma esse tipo de profissional, separamos 5 características de um líder situacional.
1 – Inteligência emocional
A inteligência emocional no trabalho é a habilidade de entender e gerenciar suas emoções no dia a dia. Quanto maior a facilidade de uma pessoa em lidar com seus sentimentos (principalmente os mais intensos e repentinos), maior a capacidade de inteligência emocional dela.
Para um líder situacional, essa capacidade é muito importante, já que esse profissional precisa estar pronto para lidar com conflitos, mudanças e novas circunstâncias no mercado e mesmo entre a equipe.
Portanto, principalmente o desenvolvimento de soft skills (habilidades interpessoais) é essencial. Esses pontos são desenvolvidos principalmente na psicoterapia e em outras ações voltadas para o aprimoramento geral.
Aqui, também é importante ressaltar que o ambiente de trabalho e a saúde em geral influenciam bastante no nível de inteligência emocional das pessoas, o que reforça a necessidade de atenção das empresas para esses pontos.
2 – Comunicação eficiente
Uma boa comunicação é a base de qualquer equipe eficiente, e para líderes situacionais ela é um elemento-chave de todo o processo.
Então, principalmente porque o contato com a equipe é constante e esse tipo de líder deve estar preparado para mudar, sua comunicação interna deve ser clara e fluida.
3 – Flexibilidade e empatia
Um líder situacional entende e acredita que novos modos de trabalho são bem-vindos, se comprovada sua eficiência.
Ele também entende que nem sempre os métodos e processos que funcionam para ele são o melhor para a equipe, deixando-os confortáveis para proporem novas maneiras de realizarem seus resultados.
Principalmente, esse líder não sente a necessidade de fazer microgerenciamento com a equipe, já que confia em seu trabalho e é flexível com esses pontos, pois entende que essa postura contribui com o resultado final.
4 – Senso de inovação
Como não tem medo do novo, o profissional que pratica a liderança situacional inspira a equipe a inovar e, portanto, está mais atualizado em relação ao mercado.
Ele tem maior facilidade em sugerir ideias e também consegue levar projetos adiante com maior simplicidade, pois está realmente disposto a tentar e melhorar os processos, não se contentando com os padrões atuais só porque estão “estabelecidos”.
5 – Resiliência
A resiliência é necessária em qualquer cargo de gerência, mas neste estilo de gestão ela não pode faltar.
Até porque, como o profissional que aplica a liderança situacional lida constantemente com mudanças, deve estar preparado para que alguns planos e processos não saiam exatamente como o esperado.
Portanto, nesses momentos, a resiliência o ajudará a manter-se centrado e procurar as melhores soluções junto à equipe.
Em seu ted, Simon Sinek fala mais sobre o poder de uma liderança inspiradora:
Vantagens e desvantagens da liderança situacional
Cada processo ou mudança implantada na empresa é único, e para a liderança situacional não é diferente. Por isso, suas vantagens e desvantagens também podem variar de acordo com as particularidades de cada organização. Aqui, reunimos os pontos mais relevantes relacionados a esses dois pólos.
Vantagens
- Contribui com a construção de segurança psicológica na empresa;
- Colabora com a motivação e o engajamento do time;
- Ajuda a desenvolver equipes com maior facilidade;
- Fortalece a cultura organizacional;
- Aumenta a visão estratégica do time e colabora com o alcance de metas;
- Dá liberdade e dinamismo para o comportamento do líder.
Desvantagens
- Pode “apagar” os outros estilos de liderança da empresa;
- Desafio de iniciar em equipes menos maduras;
- Foco maior no curto prazo;
- Pode ser confuso de implantar se o time não tiver convicção.
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Quais os desafios para desenvolver a liderança situacional?
Assim como qualquer outro projeto ou estilo de gestão, desafios farão parte do caminho. Porém, com foco e as ferramentas certas, é possível superá-los.
Como o primeiro passo para a superação desses desafios é conhecê-los, separamos alguns dos principais para você conhecer.
Identificar o nível de maturidade da equipe
Principalmente entre equipes com diversos níveis de dominância das atividades, pode ser difícil determinar qual seu nível de maturidade.
Ainda, esse desafio pode surgir diversas vezes, uma vez que a equipe evolui ou passa por outros obstáculos. Aqui, a resiliência é chave.
Determinar o tipo de liderança situacional
Com diferentes perfis comportamentais na empresa, o líder situacional pode ter dificuldade em determinar como ele se portará frente à equipe, mesmo quando o trabalho de identificação do nível de maturidade da equipe acontece.
Por isso, o estudo constante sobre a liderança (não apenas a situacional) é importante, além do controle das emoções. Lembre-se: grandes líderes são aqueles que se desenvolvem para isso.
Entender quando é o momento de mudar
É fato que a confiança anda lado a lado com a liderança situacional, uma vez que o profissional que a pratica deve estar preparado para mudanças.
Porém, entender quando e como executar esse momento nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, além de um olhar analítico, as características que mencionamos são tão necessárias, pois são a base que o ajudam a tomar decisões estratégicas.
Além disso, é ideal que o profissional esteja sempre em constante atualização e conectado com as tendências do mercado, o que nem sempre é simples de incluir na rotina.
Leia também: Dinâmica de grupo: o que é e 9 exemplos para aplicar na empresa (+ bônus)
Como desenvolver uma liderança situacional na empresa?
Para desenvolver uma liderança situacional na sua empresa, o primeiro passo deve se dar a partir do desenvolvimento. Líderes e equipes devem ter principalmente suas habilidades interpessoais aprimoradas, já que este estilo de gestão lida com dois pilares:
- O comportamental;
- As circunstâncias do ambiente de trabalho.
Portanto, a adoção dessa mudança implica em um avanço em toda a empresa.
Dessa forma, isso deve se dar principalmente em relação às características e habilidades que mencionamos, o ideal é que equipe e líderes cresçam de forma conjunta para garantir que a maturidade dela esteja de acordo com o esperado.
Para isso, uma das principais oportunidades que a empresa pode proporcionar é o desenvolvimento. Primeiramente, o RH pode pensar em como estruturar programas de qualidade de vida no trabalho que ajudem o funcionário a ter uma saúde física e mental estável.
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